Digam a Afrodite tudo o que sinto
Falem para Baco de nosso vinho
Falem de meu amor ao mundo profano
Diga a Virgílio e para Dirceu
Diga para Inês e para Marília
Digam para os homens que minha lida
E meu propósito não pereceu
Cantai os sonetos d'Elmano e Camões
Cantai meu amor pela arte de escrever
Cortai da prosa insana os jargões
Cortai meus vícios... cortem o meu ser
Cortai meu tudo, cortem meus grilhões
Findai este mundo, finde o meu sofrer
André Luiz Abdalla Silveira