quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Marcha sobre mim

Como um mendigo sedento de sentimentos
Eu nasci para a solidão
Eu nasci para seguir os ventos do norte
Eu nasci da paixão por ti

Como um andarilho querendo viver o seu destino
Eu vivo da solidão desses dias
Eu vivo a seguir os ventos do sul
Eu vivo do amor pelas minhas rimas

Sou um coitado que anda pelo prazer de andar
Eu vivverei das lembranças do passado
Eu viverei do ar do leste

Sou um doete que vivve das próprias chagas
Eu morrerei afogado num mar de lembranças
Eu morrerrei das pragas do oeste

André Luiz Abdalla Silveira

Soneto para ti

Sofro, pois não tenho minha musa, meu anjo
Você, maltratou-me e matou me de dor
Você que é a mulher que eu mais amo
Agora me deixas sozinho morrendo de dor

É tanto que sofro que não mais vivo
É tanto que amo que já me despeço
Não quero teu corpo, nada lhe peço
Além de carinho nesse corpo já tão sofrido

Eu vivo do nada, do nada que vives
Na vida não lhe quero mais apenas sofro
Sabe que sempre fora o meu calcanhar de Aquiles

Agora seguro, reprimo meu choro
Quando lhe vejo sorrindo com outro
Não me arrependo de nada, apenas descançoao relento, esquecido pela sombra do tempo

André Luiz Abdalla Silveira

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Sonnet of Sadness

I want to find my way to the heaven
But I know I may not find it
I've gotta stop complaining on the others
And start noticinhg my own mistakes

I want to find a way to you
Help girl, help me muse
To find the happiness I may not deserve
To find the death I won't refuse

I want to see your naked body
I want to see the wind blowing your golden hair
I want to be your lover, your boy

I'm living in the hell without you 
But I'm tring to enjoy my chances
Of being at your side through all eternity

André Luiz Abdalla Silveira

Eu

Eu, que vivo de um amor paradoxal
Eu, que vivo no marasmo de uma vida torta
Me sinto submerso de modo letal
Me sinto agora batendo na porta da morte

Eu, aquele que despensaste ontem
Eu, aquele que não sabe mais viver
Agora sente vontade de morrer
É mais um traste correndo mundo afora

Vida injusta, aqui me despeço
Sem dó nem saudade daqueles que ficam
Apenas com a dor de ficar sem você

Recebo da morte um abraço
Em seu aconchego, aqueles que migram
Que saem da vida por causa de ti

André Luiz Abdalla Silveira

sábado, 3 de janeiro de 2009

Foste

Um horror me mata, me arruína
Me aniquila por estar se você
Por ficar sem minha heroína*
Com uma musa porém sem vosmecê

Foste a luz de um inverno sombrio
Foste a cor das minhas noites
Foste a estrela que apagou meu brio
Foste a criatura que inspirou meus motes

Foste a pessoa que me amou e me odiou com mais intensidade
Foste a mulher pela qual eu me mataria
Foste a divindade que eu mais adorei

Foste o lugar onde vi a felicidade
O lugar aonde certamente eu viveria feliz
O lugar aonde gostaria de morrer

André Luiz Abdalla Silveira

*feminino de herói