sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Sonho de uma noite veranil

Um dia sonhei com você
Tão bela e triste, não parava de chorar
Um dia sonhei, e o sonho
Era tão sombrio quanto não amar você

Um dia eu sonhei com a musa
Ela estava tão bela, estava linda
Nesse dia eu sonhei, e que sonho
Ela estava comigo, ela era minha

Você foi o melhor sonho que tive
Foi a melhor coisa que me ocorreu
Foste o paraíso onde nunca estive

Foste o amor que não amei
Foste o sonho que não sonhei
Foste o verão que não vivi

André Luiz Abdalla Silveira

Vida ou Morte

Da Vida desejo os beijos
Que outrora me deixavam alegre
Da Morte desejo os leitos
Onde outrora chorava sozinho

Só quero da Vida os sorrisos
Que regiam cada noite de luar
E só desejo da Morte o pranto
Que me acalmava na hora de lhe deixar

Só quero da Vida os sonhos
Os sonhos em que eu era feliz
E só quero da Morte os cantos
Da casa onde outrora eu tive você

Só quero da Vida os lábios
O portal a uma vida de amor
E só quero da Morte os  seios
O portal a uma vida de ardor

E por fim, da Vida desejo os olhos
Que por tantas vezes comtemplei
E da Morte desejo a vida
Que por tantos anos eu perdi

André Luiz Abdalla Silveira

Pranto

Tão calmo e agitado é o teu amor
Ignoro ao mundo, percebo a ti
Chorando, talvez de saudades ou dor
Mas não chores musa, pensa que

Uma dama que solitária chora
De nada vale, todos a ignoram
Coração reclama e se depara
Com o lugar onde a tristeza mora

Teu rosto em prantos quero tocar
Teus lindos olhos desejo olhar
E tua linda boca desejo beijar

Não quero as sombras de um amor sofrido
Já me bastam as chagas com que tenho vivido
Já não tenho, melhor mesmo foi ter partido

André Luiz Abdalla Silveira

Soneto da Musa (Soneto à musa)

Seus olhos cheios de água nunca esquecerei
O brilho em sues olhos refletiam a paixão estampada em seu peito
Seus olhos verdes me atríam, eu sempre lembrarei
Teu queixo, boca, leito

Tuas lágrimas traziam o cheiro de boa nova
Sinto teu peito, quero tua vida
Quero teu sorriso no qual vigora
Felicidade, amor e vida

O mestre disse, aqui repito
"Amor é não contentar-se de contente"
Se assim queres, aqui fico

Aonde não haja remetentes entre nós
Aonde o muito seja pouco, nós viveremos
Aonde possamos viver alegremente

André Luiz Abdalla Silveira