segunda-feira, 6 de julho de 2015

Sherazade

Tal como delicada porcelana
Encantadora como Sheherazade
Essa é minha musa, como se sabe
Não existe mentira que lhe engana

Não caberá ao poeta descrever
Coisa que Deus, em sua sabedoria
E perfeição não pôde refazer
Mesmo que noites em claro passasse

Dona de lábios suaves e lindos
Dona de olhos profundos e doces
Alvo de minhas puras ambições

Essa é Sherazade; é minha musa
Que sonhos e alegrias não recusa
É a cura para minhas aflições.


Dedicado à mulher, que tal como Sherazade, me ensinou a amar de verdade.


Terminado em 6 de Julho de 2.015.

sábado, 12 de julho de 2014

Soneto aos beijos

Bocas em contato beijam-se
Num balé de línguas doidas,
Sedentas, descompensadas,
Apaixonadas, perdidas.

Talvez estivesse morto,
Quem sabe zumbificado,
Mas quando as bocas se tocam,
Quando os espíritos juntam-se

A vida pede passagem
Os sonhos se realizam
Os amores acontecem

O meu mundo junto a ti,
Ganha cores, uma paleta,
De doces sonhos apaixonados

André Luiz Abdalla Silveira

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Sonhador

Sonhador, como que por vício
Fico a sonhar tão doidamente
Que meu olho muitas vezes mente
E foge à lua como um míssil

Quem causa nas mentes prosaicas,
Tamanha confusão, mentiroso é
Tamanha dor, carrasco foi
Tamanho amor, apenas você.

Do poeta apaixonado roubaste
Rimas, métrica e coragem; dissipas
Em fumaças, aromas, minhas certezas

Sonhador é meu ofício, não nego
Não há rimas nem métrica ou coragem
Na saudades que sinto de você

André Luiz |Abdalla Silveira


Essa é a minha primeira poesia depois de mais de 4 anos; é um bom tempo, não? Espero q gostem

sábado, 27 de março de 2010

Soneto sem título n°1

Quando eu lhe vi passar doce e bonita
Juro-lhe dama chorei de montão
Senti um vazio nesse meu coração
Senti-me só, senti raiva da vida

Pois eras dona do mundo, de mim
Pios eu não a tinha a meu lado; sonhei
Contigo, oh anjo divino dos céus
Contigo dama que me faz sofrer

Já é chegada a noite dos perdedores
Já é chegada a hora de não sofrer
Já é chegada a hora de não chorar...

Lembrai linda dama de meu pesar
Lembrai as lágrimas que me fez verter
Lembrai do sonho que por causa de ti não pude viver

André Luiz Abdalla Silveira

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Um sonho

Os ventos do sul gelam teu corpo nu e estático
Não é realidade, tudo é apenas um sonho
Talvez o pior deles, o mais letárgico
O mais melancólico, sombrio, o mais medonho...

Tudo foi verdade, um sonho, ou que terá sido?
Ilusões, pedaços de ebriedade; quero
Olhar para ti uma última vez e nunca mais
Quero abandonar-te na eternidade da morte
Mas esse peso, esse lamento na minh'alma
Impede-me de deixar-te partir em paz

Nos teus olhos vi a felicidade e sonhei
Com teus lábios, beijos e carícias; chorei
Por mim, por ti, por nossa tragédia; vivi
Como um desgraçado, como um mendigo; vi
No teu corpo virgem a escultura da deusa
No teu corpo frio vi um sonho que acabou.

André Luiz Abdalla Silveira

domingo, 26 de abril de 2009

Hino nº 2 (Soneto à Literatura)

Digam para o grego e para o romano
Digam a Afrodite tudo o que sinto
Falem para Baco de nosso vinho
Falem de meu amor ao mundo profano

Diga a Virgílio e para Dirceu
Diga para Inês e para Marília
Digam para os homens que minha lida
 E meu propósito não pereceu

Cantai os sonetos d'Elmano e Camões
Cantai meu amor pela arte de escrever
Cortai da prosa insana os jargões

Cortai meus vícios... cortem o meu ser
Cortai meu tudo, cortem meus grilhões
Findai este mundo, finde o meu sofrer

André Luiz Abdalla Silveira

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Hino nº1 (Canto a Marília)

Quando o meu corpo no gélido leito
Descansar o seu derradeiro sono
Quero deitar-me em seu farto seio
Quero sonhar o melhor dos meus sonhos
Quero sonhar com você

Quero soonhar com as manhãs de sol
Quero sonhar com as manhãs contigo
Quero sonhar com as tardes de outono
Quero o seu beijo, seu corpo e sorriso
Quero viver com você

Preciso chamar às pressas, querida
Antes que o deus Hades leve você
Marília querida eu quero o mercê
De estar do teu lado toda a tua vida
Eu vivo de amor, Marília

André Luiz Abdalla Silveira