quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O soneto da Guerra

A guerra que glorifica os heróis
Que mortifica as pessoas
É a mesma guerra que destrói seus lares
A guerra que corrói seu mundo

Essa guerra que assisto não é
Uma guerra qualquer onde
Morre-se e vive-se pelo que é
Mas sim, uma guerra onde

As ineqüidades reinam no escuro
Nas trevas de mais um bombardeio
Tudo por causa de um ódio maduro

Crianças, mães choram a meio tom
Não querem entre si, um grande muro
Querem apenas o cheiro da vida

André Luiz Abdalla Silveira

domingo, 26 de outubro de 2008

Poemas - Lira I


Vim a este mundo para amar
Agora não sei viver só
Tua ausência me mata, me tira
Desse mundo todo mentira
Desse mundo todo em pó
Desse mundo todo rancor
O mundo onde vives

Agora tua dor me domina
Meu coração pede por ti
Ficar perto do inferno
E sem ti infernos iguais
A solidão me rói por dentro
Ela me mata, me arruína
Quem sabe ela não consegue?

Beijar-te? Não posso, não sei
Se é certo tocar e amar
Uma dama que vive no paço
Uma dama pela qual eu passo
No paço, na rua, no mar, mas
Nada me segura, as leis
Dos homens homens não me atraem

Não suporto mais essa vida
Se amor a ela falta-me
Por que a morte eu temeria?
Meu consolo é a tua alegria
Minha dama de alta linhagem
Teu carinho é minha guarida
Nas noites de tempo ruim

André Luiz Abadlla Silveira