domingo, 26 de abril de 2009

Hino nº 2 (Soneto à Literatura)

Digam para o grego e para o romano
Digam a Afrodite tudo o que sinto
Falem para Baco de nosso vinho
Falem de meu amor ao mundo profano

Diga a Virgílio e para Dirceu
Diga para Inês e para Marília
Digam para os homens que minha lida
 E meu propósito não pereceu

Cantai os sonetos d'Elmano e Camões
Cantai meu amor pela arte de escrever
Cortai da prosa insana os jargões

Cortai meus vícios... cortem o meu ser
Cortai meu tudo, cortem meus grilhões
Findai este mundo, finde o meu sofrer

André Luiz Abdalla Silveira

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Hino nº1 (Canto a Marília)

Quando o meu corpo no gélido leito
Descansar o seu derradeiro sono
Quero deitar-me em seu farto seio
Quero sonhar o melhor dos meus sonhos
Quero sonhar com você

Quero soonhar com as manhãs de sol
Quero sonhar com as manhãs contigo
Quero sonhar com as tardes de outono
Quero o seu beijo, seu corpo e sorriso
Quero viver com você

Preciso chamar às pressas, querida
Antes que o deus Hades leve você
Marília querida eu quero o mercê
De estar do teu lado toda a tua vida
Eu vivo de amor, Marília

André Luiz Abdalla Silveira

Se ela morresse amanhã - Lira II

Sinto o meu corpo esfriando lentamente
Os horrores da vida me acometem todos jontos
Sua ausência, sua doença, sua morte
Eu não mais vivo; alegrem-se meus inimigos
Apenas vegeto submerso em tuas lembranças

Sinto a minha vida se esvaindo cruelmente
Sinto o meu pranto secando rapidamente
Não há mais vida neste meu corpo residindo
Não há mais cor que ainda esteja brilhando em meus olhos
Há apenas o rastro de um pobre infeliz

Essa dor da vida que se mostra em meu pranto
É a dor de um relez homem que sofre e sonha
É a dor de um pobre homem que te acompanha
Que te acompanhava quando ficavas nos cantos
A chorar de dor ou qualquer sentimento fugaz

André Luiz Abdalla Silveira