quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O soneto da Desilusão

Sinto as fibras de meu corpo ruírem
Sinto minha vida abandonando-me
Mais pensai, ó virgem de meus sonhos que
Nosso amor ainda tem salvação

Sinto minha cabeça parar de
Pensar em você mas lembrando-me
De teu corpo enrugado, ó virgem minha
Sou seu, não nego; da morte, não fujo

É isso que digo; é disso que falo
Que o mel que alimentou-me hoje me
Destrói por dentro, me mata de dor

Hoje eu paro para pensar se foi
Deveras bom o momento de ver-te
Ou se foi apenas um momento bom no meio de tanto sofrimento

André Luiz Abdalla Silveira

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